De quem é a cidade?
De quem é a terra que pisamos?
De quem são os nossos corpos e territórios?
Numa sociedade de classes heterocis normativa, pessoas LGBTQIA+, especialmente pobres, jovens, racializadas e sem documentação, além da violência sofrida no espaço público e no trabalho, são um dos grupos mais vulneráveis no espaço doméstico. Sem soluções públicas de emergência e a longo prazo e com particular dificuldade em aceder ao mercado de arrendamento, temos tantas vezes de “escolher” entre viver com um agressor ou ficar em situação de sem-abrigo.
O capital explora continuamente a classe trabalhadora e os corpos dissidentes, colocando-os sempre em situações vulneráveis e inviabilizando as suas vozes no espaço público! Em cada período histórico, aconteceu o que hoje assistimos representado pela extrema-direita em todo o mundo: a retirada de direitos LGBTQIA+, o aumento do discurso de ódio, da intolerância e da violência. Historicamente, a única via para conquistar direitos é a LUTA.
A LUTA é hoje a nossa única via para acabar com toda a opressão e exploração!
Por isto, lutamos contra o capitalismo e as Instituições que colaboram para o seu funcionamento! Lutamos pelo fim dos despejos, contra a especulação imobiliária e o aumento das rendas, contra a crescente precarização das nossas vidas e a contínua exploração dos nossos corpos! Lutamos por habitação pública, de emergência e a longo prazo, para que ninguém seja obrigado a viver em situações de violência física e psicológica!
Não somos nós que precisamos de cura, é este sistema! Lutamos por habitação e por cidades que garantam a segurança, estabilidade e uma vida digna às pessoas LGBTQIA+. Precisamos de nos organizar coletivamente e construir a experiência de desenvolvimento que queremos para nós, na nossa diversidade!